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NOSSO TRABALHO

Todos nós, pessoas com e sem deficiência, estamos imersos em cultura.

É pela da cultura que nos relacionamos, pensamos e vivemos o mundo.

Para as pessoas com deficiência, o acesso à cultura não é pleno, pois barreiras se apresentam a todo momento.

ACESSIBILIDADE PARA TRANSPOR BARREIRAS

Barreiras são obstáculos que dificultam ou impedem o acesso das pessoas com deficiência a espaços, produtos e serviços.

O mundo está repleto de barreiras que tornam lugares e produtos inacessíveis para as pessoas com mobilidade reduzida ou deficiência sensorial, além de serem hostis a crianças, idosos, neurodivergentes, lesionados.

 

A boa notícia é que a humanidade é muito criativa em transpor essas barreiras. Acredite, para cada uma delas há sempre uma ou mais soluções em acessibilidade prontinhas para serem aplicadas.

Para pessoas com mobilidade reduzida, por exemplo, o elevador é um recurso de acessibilidade arquitetônica que permite o acesso a espaços com segurança e autonomia.

 

Para acessar bens culturais, pessoas com deficiência sensorial costumam usar a língua de sinais, as legendas, a audiodescrição e o Braille.

Nós da Mundo Grande somos especialistas em acessibilidade cultural e nosso foco é tornar filmes, livros, exposições, eventos — ou qualquer produto cultural — disponíveis para qualquer pessoa.

Se quiser ler um pouco mais sobre os recursos de acessibilidade Libras, audiodescrição, legenda e Braille, clique no botão abaixo e vá direto ao assunto.

 

Para ler sobre inclusão, legislação e representatividade, basta continuar a leitura do texto normalmente.

A cada novo trabalho, o mundo cresce mais um pouquinho

INCLUSÃO TEM QUE SER DE VERDADE

Se você está numa festa ou no ambiente de trabalho e não tem ninguém com deficiência por perto (ou, ainda, você é sempre a única pessoa com deficiência neste espaço), é bem provável que este ambiente não de fato inclusivo.

A inclusão real acontece quando pessoas com e sem deficiência frequentam as mesmas aulas, os mesmos cinemas, podem ler os mesmos livros, acessar os mesmos serviços. Tudo isso de maneira autônoma e segura.

Uma sessão de cinema exclusiva para pessoas cegas pode ser bem interessante, mas a magia da inclusão só acontece quando pessoas surdas, cegas, com mobilidade reduzida, idosos, crianças e pessoas sem deficiência assistem ao mesmo filme ao mesmo tempo.

Ou seja, a acessibilidade não basta. Para haver inclusão, é preciso que as pessoas com e sem deficiência compartilhem espaços e experiências. 

SEM ACESSIBILIDADE NÃO HÁ INCLUSÃO

Para criar produtos e espaços inclusivos, é preciso que a acessibilidade esteja sempre disponível de maneira descomplicada e sem custo adicional. 

O primeiro efeito positivo da ampliação da acessibilidade é evidente: só assim podemos garantir que pessoas com deficiência tenham maior acesso a espaços, à política, aos bens culturais, à dignidade.

 

Em segundo lugar, a acessibilidade alcança também as pessoas sem deficiência, amplia o público e torna a sociedade mais diversa e interessante.

 

Em terceiro lugar, tornar o seu projeto acessível posiciona sua marca, instituição ou iniciativa no campo da inclusão, engajada para um mundo mais justo.

 

E falando francamente sobre custos, podemos afirmar com toda certeza que a acessibilidade vai consumir apenas uma pequena fração do orçamento total do seu projeto ou produto.

Todo mundo junto

ao mesmo tempo

Para quem está chegando agora, tudo isso pode parecer meio complicado, trabalhoso e caro. No entanto, é bom lembrar que a inclusão não ocorre de uma hora para outra, mas em etapas, onde cada mudança de atitude significa um avanço.

 

O segredo está em perceber que tornar espaços, serviços e bens culturais mais acessíveis é bom pra todo mundo:

 

Uma rampa, por exemplo, atende simultaneamente o usuário de cadeira de rodas, o idoso com mobilidade reduzida, a criança que está aprendendo a andar, a atleta que quebrou o pé jogando futebol e também uma pessoa sem deficiência ou restrição de mobilidade.

O mesmo vale para bens culturais! A fonte ampliada atende as pessoas com baixa visão e pode ajudar muito quem tem miopia, vista cansada ou dislexia.

Textos diretos, objetivos e bem estruturados alcançam o público desatento, além de levar seu conteúdo também para pessoas com deficiência intelectual, estrangeiros falantes de outros idiomas e crianças.

 

Um audiolivro é uma forma de acessar um livro através de uma faixa de áudio. Esse formato é muito usado por pessoas cegas e por pessoas que enxergam também.

 

Se prestarmos atenção, vamos perceber que a acessibilidade já está por todo lado, como nas opções de acessibilidade e tamanho de fonte do seu smartphone e nas legendas do noticiário da TV.

 

ESSA RESPONSA É DE TODO MUNDO

A deficiência só é uma limitação na medida em que ainda persistem as barreiras que impedem muitas pessoas de terem acesso aos bens culturais, políticos, educacionais, espaços físicos, serviços e produtos. 

 

As pessoas com deficiência não têm "necessidades especiais", pois é a sociedade como um todo quem precisa ampliar a oferta de acessibilidade para se tornar cada vez mais inclusiva. 

Como vimos, a acessibilidade atende às pessoas com e sem deficiência, torna o mundo mais diverso e ainda posiciona marcas e espaços no campo da inclusão.

 

Portanto, a inclusão não é caridade, nem bondade ou favor, e sim um direito básico garantido por leis no Brasil e no mundo todo.

Se você leu esse texto até aqui, saiba que talvez o bichinho da inclusão já tenha te picado!

Seja bem vindo, seja bem vinda ao nosso Mundo Grande!

Incluir é uma delícia!

No Brasil, desde 2015, está em vigor a Lei Brasileira de Inclusão (Lei número 13.146), um marco legal importantíssimo para a ampliação da inclusão em todas as esferas da sociedade.

 

Esse texto legislativo cobre desde direitos fundamentais como saúde, educação e moradia até o direito à informação, comunicação e cultura.

 

A LBI é um grande mecanismo de promoção da inclusão pela via legal, pois exige acessibilidade e determina mecanismos de garantias de direitos das pessoas com deficiência.

 

Para além das obrigatoriedades previstas na Lei Brasileira de Inclusão, muitas empresas e instituições estão se tornando cada vez mais inclusivas, ajustando suas condutas, produtos, serviços e comunicação para alcançarem públicos maiores e tornarem o ambiente de trabalho mais produtivo e diverso.

 

Pouco a pouco, vamos todos percebendo que um mundo mais inclusivo é melhor para todo mundo!

Legislação

Ninguém melhor do que as pessoas com deficiência para dizer o que é melhor para as pessoas com deficiência.

 

Por isso, toda política pública, serviço ou produto oferecido ao público com deficiência deve ser produzido com participação direta das pessoas com deficiência. 

 

Isso pode até parecer óbvio para você, mas infelizmente essa afirmação ainda precisa ser exaustivamente repetida e é por isso que as pessoas com deficiência tanto defendem o lema “Nada sobre nós sem nós”.

 

Afinal de contas, não é possível gerar ambientes, produtos e serviços inclusivos a partir de uma lógica excludente!

 

A Mundo Grande tem uma rede de consultores para cada trabalho que sai da nossa linha de produção em acessibilidade porque sabemos que isso significa, entre outras coisas, um ganho de qualidade em nossas entregas:

 

A interpretação em Libras mais apropriada para cada produto só vai ser possível com a participação de uma pessoa surda. Aquela audiodescrição envolvente necessita de um consultor cego para ser feita. A ação de marketing ou projeto expográfico só vão ficar perfeitinhos se pessoas com deficiência participarem de tudo, desde o começo.

 

Para ser inclusivo tem que ser junto com todo mundo!

"Nada sobre nós sem nós"

LIBRAS

Língua Brasileira de Sinais (Libras)

Você deve ter percebido que a Língua Brasileira de Sinais está mais presente no cotidiano dos brasileiros. Isso é fruto de muita luta, mudanças legislativas, interesse e consciência do povo brasileiro em relação a essa belezinha de língua tão rica e interessante. 

 

UMA LÍNGUA COMPLETA

Muita gente já sabe, mas vale reforçar que Libras não é mímica e não é “português traduzido”. As línguas de sinais são línguas completinhas, com sistema lexical e gramatical próprios.

 

Enquanto as línguas orais acontecem através de sons ou textos, nas línguas de sinais a comunicação se dá via gestual espacial. E como o português, o espanhol ou o mandarim, a Língua Brasileira de Sinais está viva, vivíssima: tem regionalismos, sotaques e está em constante mudança.

 

A transposição de uma língua oral para uma língua gestual espacial considera duas etapas consecutivas: há um trabalho de tradução entre os sistemas lexicais para em seguida ocorrer a interpretação do idioma oral em comunicação gestual espacial.

 

Para ficar boa, toda tradução tem que ser muito cuidadosa e no caso da Libras não é diferente. Interpretar uma história infantil não é a mesma coisa de interpretar um congresso científico, há vocabulários e contextualizações próprias de cada tradução. Por aqui, somos muito perfeccionistas nesse ofício, e sempre buscamos os tradutores-intérpretes mais adequados para cada projeto.

 

LIBRAS NO BRASIL

A Libras é amplamente usada por pessoas surdas no nosso país, mas é importante destacar que essa realidade pode variar bastante. Geralmente, alguém que nasceu surdo tem mais  familiaridade com a Libras, sendo essa a principal forma de comunicação. Ensurdecidos, ou seja, pessoas que perderam a audição ao longo da vida, podem ter maior domínio da leitura e escrita em razão de terem tido contato com a língua oral durante um período da vida. 

 

É por isso que o recurso de Libras não substitui as legendas e vice-versa. São recursos de acessibilidade que se complementam e não se excluem, sendo ambos imprescindíveis para alcançar o público surdo. Por falar nisso vamos falar das legendas?

LEGENDAS DESCRITIVAS

As legendas descritivas são parecidas com as legendas comuns, com a diferença que além dos diálogos, elas descrevem sons que são importantes para a compreensão da obra audiovisual.

 

Por exemplo, a câmera está acompanhando um personagem que caminha pela calçada. De repente, nosso personagem ouve um tiro e paralisa em expressão de pavor. Para que o público surdo compreenda o motivo de mudança tão súbita no trajeto do personagem, é necessário que essa informação sonora esteja nas legendas. Nesse caso, entre colchetes viria a informação [som de tiro]. Interessante, né?

As legendas podem estar sempre visíveis, no centro da tela ou ocultas, disponíveis para serem acionadas quando for conveniente. As legendas ocultas também são chamadas de Closed Captions e comumente sinalizadas como CC. Boa parte da programação da TV aberta já conta com esse tipo de legenda disponível, algumas vezes em mais de um idioma.

Seja para assistir a um filme em outro idioma ou acompanhar um programa de TV em um ambiente barulhento, praticamente todo mundo já usou esse importante recurso.

 

Viu como a acessibilidade alcança sempre as pessoas com e sem deficiência?

Legendas Descritivas

A audiodescrição é um recurso de acessibilidade para pessoas cegas e com baixa visão acessarem imagens estáticas ou em movimento, além de características de espaços físicos ou qualquer outra informação visual por via sonora. O símbolo da audiodescrição é formado pelas letras A e D, seguido pela representação de três ondinhas sonoras.

AD PARA FILMES

No caso do audiovisual, a audiodescrição é inserida nos intervalos de silêncio entre os diálogos, contando para o público cego e com baixa visão tudo o que ocorre na cena e que é relevante para a narrativa. 

 

Uma boa audiodescrição se limita a transpor a narrativa audiovisual para uma faixa sonora sem impor juízo de valor e nem subestimar a inteligência do espectador. Por exemplo, quando dizemos que o personagem rói as unhas enquanto acompanha com o olhar os ponteiros do relógio não é necessário dizer que ele está aflito ou ansioso porque isso está denotado em sua ação.

 

Assim como na tradução em Libras, é preciso que o texto do roteiro e a locução da faixa de audiodescrição sejam compatíveis com o contexto da obra. Um filme adulto é diferente de um filme infantil e um suspense não se parece com um filme de aventura. Por isso, da escolha das palavras ao tom da locução, a audiodescrição deve se adequar à obra audiovisual para garantir uma experiência à altura. Sabemos que é uma grande responsabilidade, mas adoramos fazer esse trabalho!

 

AS IMAGENS ESTÃO POR TODO LADO

As imagens estáticas podem estar em uma infinidade de mídias, como livros, revistas, manuais, redes sociais, sites. Para cada situação, a audiodescrição varia em tamanho e tipo de texto, pode vir acrescentada de locução e/ou trilha. Além disso, cada caso pede uma tecnologia específica para entregar o recurso, na maior parte das vezes a baixo custo.

 

Em exposições, tanto os espaços quanto as obras devem ser descritos. A audiodescrição dos espaços pode ser acrescentada de informações históricas e arquitetônicas, que adicionam outra camada de informação e servem às pessoas com e sem deficiência. As tecnologias usadas nessas situações podem variar bastante: aplicativos, QR codes, equipamentos de audioguia, fones de ouvido instalados no espaço. Para cada situação há uma solução em acessibilidade adequada ao contexto e orçamento do seu projeto.

 

LOCUÇÃO E LEITURA DE TEXTOS

Além da descrição das imagens, pessoas cegas, com baixa visão e também sem deficiência podem utilizar a leitura de texto com voz humana. Dessa maneira, o texto de um livro ou uma reportagem, por exemplo, podem ser acessados com facilidade em situações diversas como por exemplo no trânsito, no transporte público, em casa. A narração de um texto em voz humana ajuda a transmitir inflexões e intenções de leitura e pode vir acompanhada de trilha sonora, dando o tom que o seu projeto quer comunicar.

AUDIODESCRIÇÃO

Audio-
descrição

A experiência de leitura em Braille é muito similar à do texto impresso, onde o leitor percebe letra a letra, palavra a palavra, sem a necessidade da mediação sonora de um locutor ou aplicativo leitor de tela. No entanto, infelizmente, a maioria das pessoas com deficiência visual no mundo todo não tem uma leitura fluente em Braille, o que compromete o alcance desse recurso de acessibilidade tão importante e insubstituível.

 

Em geral, nós da Mundo Grande usamos o Braille principalmente aplicados sobre placas de comunicação em espaços físicos, como nas tabelas de exposições, aquelas plaquinhas que geralmente acompanham as obras de arte. Sob o relevo do Braille, sempre trazemos a informação em alto contraste e, por vezes, um QR Code, para que o conteúdo digital possa ser acessado. Nós não temos impressoras Braille, mas temos fornecedores muito competentes trabalhando conosco para fornecer a comunicação tátil do seu projeto associada ao conteúdo digital que produzimos.

 

A INFORMAÇÃO PELO TATO

Existe uma infinidade de experiências táteis que podem ser oferecidas ao público, como mapas e objetos. Mapas táteis são fundamentais para a autonomia das pessoas com deficiência visual em espaços de visitação e instituições. Objetos táteis em contexto de exposições de arte são uma grande ferramenta de fruição, pois é através desses objetos que pessoas cegas podem conhecer os materiais, as ferramentas, as obras tridimensionais ou mesmo bidimensionais com texturas localizadas. Esses objetos podem ser miniaturas, representações ou o toque sobre própria obra de arte, como uma escultura de bronze, por exemplo.

Braille e
objetos táteis

Vem com a gente,

há um mundo de possibilidades!

Sabemos que esse artigo ficou um pouco longo, mas como dissemos, somos um pouco nerds e detalhistas, por isso queríamos que você tivesse um bom panorama do Mundo Grande que se abre através da acessibilidade.

 

Fale conosco e vamos descobrir juntos o que seu projeto precisa para ficar ainda melhor.

 

Bora?

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